terça-feira, 24 de novembro de 2009

Revisando o passado

Por: Leo Borges, Luiza Marinho, Luciano Mendes e Juliana Bitencourt


Quando entrou para o Jornal dos Sports, entre o fim dos anos 90 e o início de 2000, o jornalista Nivaldo Lemos esperava ficar na equipe por bastante tempo. Tal fato se deve ao prestígio do jornal, que sempre foi referência no que dizia respeito a jornalismo esportivo de qualidade. Em entrevista, Nivaldo comenta as condições de trabalho e relembra grandes nomes que estamparam as páginas do JS.

Na época em que foi contratado como revisor de textos da publicação, Nivaldo conta que a sede do jornal ficava na Rua Tenente Possolo, na Cruz Vermelha, centro do Rio de Janeiro. “As instalações eram antigas e precárias. Usávamos máquinas de escrever em péssimas condições e a Redação funcionava sem ar condicionado”. O jornalista diz ainda que havia profissionais muito bons e outros ruins, o que gerava um desequilíbrio na equipe como um todo. Lá Nivaldo encontrou uma figura renomada, que trabalhou com ele nos jornais O Dia e A Notícia também. “Nessa época o Henfil lançou seus célebres personagem de clubes cariocas no JS: Urubu (Flamengo), Cri-Cri (Botafogo), Bacalhau (Vasco), Pó Pó (Fluminense) e Gato Pingado (América). Suas charges eram das melhores coisas do jornal”.

O Jornal dos Sports, que já abrigara em suas páginas O Sol – suplemento que era um celeiro de jornalistas, escritores e intelectuais contrários à ditadura, perdera muitos anunciantes e acumulara dívida imensa com fornecedores por conta disso. “Acredito que a partir daí, a família Velloso acabou comprando o jornal a preços baixos, mas não soube administrar o negócio que, pouco tempo depois, faliu junto com as Casas da Banha, comércio que os lançou no mercado”. O jornalista revela que o que mais lhe chamou atenção durante o período em que trabalhou no veículo foi a questão financeira. Salários baixos e muitas vezes atrasados se tornaram rotina na época. Ele cita outros grandes nomes com que conviveu em sua fase no JS: Nélson Rodrigues Filho que falava do Fluminense e anos depois – desiludido com a carreira e o país – acabou abrindo o badalado bar Barbas, de muito sucesso em Botafogo, o Áureo Ameno, que cobria o Vasco, e o Eduardo Lacombe, que falava do Flamengo.

2 comentários:

  1. Legal essa ideia de resgatar o passado do JS... trabalhei lá nos anos 60, 70, 80 e 90!

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